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As Vacinas São Seguras?

As vacinas são seguras?

A vacina contra a Covid-19 é a principal esperança para conter a disseminação do novo coronavírus, mas ainda desperta dúvidas em muitas pessoas.  A vacinação é importante porque promove proteção contra a Covid-19 sob 2 aspectos fundamentais.A primeira vantagem é a proteção individual, comum a qualquer tipo de vacina. Ela nada mais é do que o benefício de ter um risco muito menor de desenvolver a doença. Mas há também um nível coletivo de proteção oferecido pelas vacinas, que torna a imunização ainda mais importante. À medida que os habitantes começam a ser imunizados, há menos infecções e menos pessoas transmitindo o vírus para outras. Com isso, a tendência é de uma diminuição da circulação do agente infeccioso aos poucos.

Nesses dois cenários, quem toma a vacina está protegendo indiretamente também quem não pode tomar até esse momento, já que se torna uma pessoa a menos a poder transmitir o vírus.
Além disso, do ponto de vista coletivo, como diminui a chance de doença e disseminação dos vírus, você diminui o número de atendimentos e internações no sistema hospitalar.

​A humanidade tem mais de 100 anos de experiências com vacinas e que vários órgãos como as agências reguladoras dos países são responsáveis por analisar a segurança das vacinas. Esses órgãos cobram muitos documentos e experimentos para analisar. Aqui no Brasil, a Anvisa faz esse papel como agência reguladora e aprovação de vacinas e medicamentos.A Fiocruz, parceira do desenvolvimento da vacina da AstraZeneca, e o Instituto Butantan parceira da Sinovac afirma que não há qualquer risco de desenvolver Covid-19 ao tomar o imunizante. Isso porque a vacina é baseada em vetor viral não replicante e possui apenas a informação genética de uma pequena parte do vírus utilizada pelo vírus para penetrar na célula.

As etapas de criação de uma vacina:

Fase 1 – Busca por soluções

O desenvolvimento de vacinas tem basicamente três etapas. A primeira é a busca por antígenos, substâncias que possam ajudar o organismo a desenvolver uma defesa contra o agente do qual se pretende proteger – nesse caso, o vírus Sars CoV-2, que provoca a Covid-19. Com base nesses antígenos, os desenvolvedores decidem qual técnica pretendem utilizar na fabricação dos imunizantes

Fase 2 – Ensaios pré-clínicos

Definida a técnica da vacinação, ela parte para a segunda etapa, chamada de ensaios pré-clínicos, que são os testes em laboratório, in vitro (em células humanas ou de animais) e in vivo (em animais). Se a etapa 2 for bem-sucedida, os estudos avançam para a fase 3, que é determinante para comprovar a segurança e a eficácia.

Fase 3 – Estudos clínicos

A terceira etapa é conhecida como a de estudos clínicos. Ela também se divide em três fases. A primeira com um grupo pequeno de pessoas para apontar a segurança da vacina, a dosagem e possíveis reações. A fase 2 é semelhante à primeira, mas destinada a um grupo maior. Por fim, a fase 3 tem testes em milhares de pessoas em diferentes regiões e perfis de idade, etnia e sexo, com o objetivo de medir a eficácia do imunizante. É a partir dos resultados desta terceira fase que as farmacêuticas podem pedir o registro da vacina para utilização em pacientes.

Vírus inativado (CoronaVac)

As vacinas de vírus inativado utilizam o vírus inteiro, mas “morto”, após inativação por processo químico. Esse é um dos processos mais reconhecidos e seguros na produção de vacinas. É a tecnologia da vacina CoronaVac, da Sinovac em parceria com o Instituto Butantan, e também de outras vacinas já consagradas no calendário vacinal brasileiro, como a da gripe e da poliomielite. As vacinas de vírus atenuado possuem o vírus “enfraquecido”, mas vivo – no caso das vacinas contra o coronavírus, nenhum dos imunizantes nas fases mais avançadas tem esta técnica.

Vacinas de vetor viral (AstraZeneca)

Nesses casos, em vez do vírus inteiro, atenuado ou inativado. Ela é inserida em outro vírus, inofensivo para humanos, que vai servir de “vetor” e transportar o fragmento do coronavírus até o corpo humano. O objetivo é com isso estimular o sistema imunológico a reconhecer a proteína por meio da qual o coronavírus entra na célula e desenvolver anticorpos, para que em caso de infecção, o corpo combata rapidamente o invasor. Essa é a técnica da vacina de Oxford/AstraZeneca, que também e usada no Brasil a partir desta semana.

As vacinas são seguras. Nos últimos meses, diversas notícias falsas e sem embasamento científico têm circulado pelas redes sociais a respeito das vacinas contra a covid-19. Um dos argumentos mais utilizados é que não houve tempo suficiente para se desenvolver imunizantes seguros.Nunca a humanidade lidou com uma pandemia desse porte, então, o combate se tornou nossa maior prioridade coletiva. Diversos laboratórios e centros de pesquisa em todo o mundo concentraram seus esforços para o desenvolvimento de imunizantes contra o Sars-CoV-2. Isso garantiu sucesso em tempo recorde em comparação à criação de todas as vacinas que já existiram até então”.Ele esclarece ainda que “a maior parte do tempo para o desenvolvimento de uma vacina é consumido pela longa burocracia das agências reguladoras e pela demora para se conseguir voluntários para cada um dos três estágios necessários para a aprovação de acordo com a OMS. Com a urgência trazida pela covid-19, todas essas questões foram agilizadas sem comprometimento da segurança”

As vacinas são eficazes. Todas as vacinas que passaram pelo estágio três com sucesso, independente da tecnologia que utilizam, são eficazes. Esse percentual precisa se de pelo menos 50%, de acordo com a OMS. As duas vacinas que foram aprovadas pela Anvisa para o uso emergencial apresentam percentuais ainda mais elevados. No Brasil, a CoronaVac apresentou eficácia de 78% contra o vírus e 100% contra casos graves da doença considerando apenas os pacientes que necessitaram de cuidados médicos nessa estatística. Já a eficácia geral da vacina —dado que inclui também os infectados que nos estudos apresentaram sintomas muito leves — é de 50,38%. O imunizante da Oxford-AstraZeneca, por sua vez, teve 73% de eficácia comprovada e mostrou ainda evitar 100% dos casos de hospitalização.Nunca tivemos vacinas tão vigiadas quanto as desenvolvidas para o combate à covid-19. Todos os estudos sobre eficácia são acompanhados pela comunidade científica. Então, qualquer imunizante abaixo do padrão seria rapidamente questionado e descartado. Além disso, as agências reguladoras em todo o mundo, incluindo a Anvisa, têm sido bastante criteriosas para aprovação, mesmo nesse cenário que exige máxima celeridade” .

Portanto, as vacinas são seguras.

RONALD STEPHEN COELHO
CRM/RJ 52-45550-0

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