Novembro Azul: Saiba mais sobre os fatores de risco e o tratamento do câncer de próstata
O Dia Mundial de Combate ao Câncer de Próstata, que deu origem à campanha do Novembro Azul, é celebrado nesta quarta-feira, 17. A data é dedicada exclusivamente à conscientização dessa doença oncológica, a que mais atinge o público masculino depois do câncer de pele, de acordo com dados do Instituto Nacional do Câncer (Inca).
Para iniciar a conversa, entende-se próstata como uma glândula presente no corpo do homem, localizada na frente do reto. Sua função essencial é produzir um líquido que compõe o sêmen, responsável por proteger e nutrir os espermatozoides.
A proposta da campanha é sensibilizar os homens sobre os riscos de um tumor nessa região, disseminando informações e desmistificando estigmatizações que atribuem aos exames e demais cuidados com a saúde masculina. Se descoberto precocemente, a chance de cura do câncer de próstata aumenta para 80%, segundo o urologista Celso Dantas, que ainda apresentou os procedimentos protocolares de rastreamento do tumor:
O paciente precisa fazer o exame de sangue (PSA), mais o toque retal. Nos casos de dúvida, fazemos a biópsia e a ressonância magnética”, pontuou o médico.
Entre os fatores de risco, destaca-se a hereditariedade, seguido do fumo, obesidade e sedentarismo. O indicado pelos especialistas é que o público masculino faça exames regulares e compareça a consultas periódicas depois dos 50 anos de idade, com exceção dos que apresentam histórico familiar e dos homens negros que, aliás, são acometidos por reações mais agressivas do câncer de próstata, de acordo com pesquisas anexadas ao banco de dados da Sociedade Brasileira de Urologia (SBU).
Estudos epidemiológicos observacionais em banco de dados americanos mostram que os negros morrem mais por câncer de próstata, mostrando que pelo menos as formas mais agressivas do tumor acometem esta etnia de forma mais grave”, comentou a porta-voz da SBU.
Para prevenir o desenvolvimento e evolução da doença, a recomendação dos médicos é que o paciente mantenha uma alimentação saudável, pratique atividades físicas, evite fumar e consumir bebidas alcoólicas. O tratamento é feito com cirurgia, considerada como procedimento padrão-ouro; radioterapia, quimioterapia e bloqueio androgênico, método que tem por objetivo reduzir a incidência de hormônios masculinos no corpo.