Dezembro Laranja: Tudo o que você precisa saber sobre o câncer de pele
“Vem chegando o verão, um calor no coração. Essa magia colorida. Coisas da vida.” Como diz a música, o verão está de volta. Mas a chegada da estação mais quente do ano é também um momento de alerta, de redobrar a atenção para a saúde. E um dos fatores mais importantes está relacionado à exposição solar nesse período. Para conter o câncer de pele, a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) organizou a campanha Dezembro Laranja, cuja proposta é acentuar o compartilhamento de informações essenciais para a prevenção e cura desse tipo de doença.
O verão é a estação em que há maior incidência de raios ultravioletas (UV), o que explica a preocupação ao se expor demais ao sol nessa época do ano. Quanto mais alto é o nível de radiação solar na atmosfera, maior o risco de danos à pele e de aparecimento de câncer.
Dermatologista e coordenadora do Departamento de Cirurgia e Oncologia da Sociedade Brasileira de Dermatologia do Rio de Janeiro (SBDRJ), Marcela Benez dá dicas que vão além da indicação do uso contínuo do filtro solar para aproveitar o verão com proteção.
Ao se expor ao sol, deve-se utilizar o filtro solar 30 minutos antes de sair de casa e alguma barreira física que pode ser, por exemplo, um chapéu com abas largas que possa cobrir o rosto, a orelha e o couro cabeludo. Também devemos utilizar óculos com lente apropriada contra os raios ultravioletas, visando proteger os olhos e a pálpebra, que são áreas onde também podem aparecer câncer de pele. Também podemos vestir roupas de malha para bloquear os raios. Uma outra dica é usar uma barraca de lona grossa, que reflita luz e não gere calor quando for à praia”, enumera a médica.
Entre os fatores de risco associados ao desenvolvimento do câncer de pele, além da exposição prolongada e repetida ao sol, estão ter pele e olhos claros, ser albino, ter vitiligo, ter histórico da doença na família e fazer tratamentos com medicamentos imunossupressores.
O câncer de pele é o mais frequente no Brasil e no mundo, e corresponde a 27% de todos os tumores malignos do país, segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA), do Ministério da Saúde. A SBDRJ exemplificou quais são os dois tipos de câncer que incidem com mais frequência em pacientes com esse diagnóstico. Confira abaixo:
- Não melanoma: O tipo não melanoma ocorre com maior frequência, tem baixa mortalidade, mas pode causar deformações. Ele é responsável por 177 mil novos casos da doença por ano e apresenta alto percentual de cura se detectado e tratado precocemente.
- Melanoma: O melanoma, forma mais grave do tumor de pele, pode aparecer em qualquer parte do corpo, na pele ou mucosas, na forma de manchas, pintas ou sinais. Essas lesões costumam ter formato assimétrico, bordas irregulares, mais de uma cor e mudar de tamanho de forma rápida. Apesar de mais raro, é bastante agressivo, podendo levar à morte. Anualmente, ele é responsável por 8,4 mil casos novos no Brasil.