Dia Mundial de Conscientização do Autismo
Comemorado no dia 2 de abril, o Dia Mundial de Conscientização do Autismo foi criado pela Organização das Nações Unidas (ONU) em 2007, com objetivo de conscientizar, informar a população e reduzir a discriminação e preconceito a pessoas com espectro autista.
O Transtorno do Espectro Autista (TEA), é uma condição de saúde caracterizada por pessoas com dificuldades de convívio social, comportamentos repetitivos, com fala e comunicação não-verbal. No entanto, há terapias adequadas que auxiliam na formação e interatividade social.
Os transtornos costumam aparecer na infância e persistir na adolescência e na fase adulta. Em alguns casos, pessoas com TEA, apresentam comorbidades como epilepsia, depressão, ansiedade, déficit de atenção e hiperatividade.
O autismo está diretamente ligado ao desenvolvimento neurológico, sendo assim, o nível intelectual varia de pessoa para pessoa. Conforme diagnóstico, os sintomas podem ir desde a deterioração profunda a altas habilidades cognitivas em certa área.
O tratamento psicossocial é indispensável para minimizar as dificuldades de comunicação e comportamento social, tendo como objetivo o bem-estar e qualidade de vida do indivíduo e de seus cuidadores.
Sandro Nery, Coordenador do Grupo de Trabalho de Assistência à Pessoa com Deficiência, é pai de adolescente com autismo, e relata sobre o transtorno do filho.
“Ele foi diagnosticado precocemente. E quando percebemos que ele foi perdendo a habilidade cognitiva e de fala, logo procuramos tratamentos”, comenta Sandro.
Mesmo com alguns obstáculos, Nery se diz orgulhoso das conquistas alcançadas pelo filho ao longo dos anos.
“Ver a evolução do meu filho a cada dia me emociona muito. Meu filho veio para me dar aprendizado. Para me ensinar a ser paciente, a ser estratégico, a conseguir diferentes saídas. Ele me ensina com amor, me ensina a ser o melhor pai do mundo”, finaliza Sandro emocionado.
No Brasil, existem leis que garantem direitos para pessoas autistas. Conheça algumas delas.
Lei Romeo Mion
A Lei Nº 13.977, de 8 de janeiro de 2020, denominada como Lei Romeo Mion, filho do apresentador Marcos Mion e autista, estabelece a emissão da Carteira de Identificação da Pessoa com Transtorno do Espectro Autista (Ciptea).
A Lei também especifica os direitos das pessoas que vivem com TEA, como:
– Ter vida digna, integridade física e moral, livre desenvolvimento da personalidade, segurança e lazer;
– Proteção contra qualquer forma de abuso e exploração;
– Acesso a ações e serviços de saúde com atenção integral. Incluindo diagnóstico precoce, atendimento multiprofissional, nutrição adequada e terapia, assim como medicamentos e informações que auxiliem no tratamento;
– Acesso à educação e ao ensino profissionalizante, à moradia, mercado de trabalho, à previdência e à assistência social.
Esse documento permite que a pessoa autista tenha preferência em filas e acesso às meias-entradas, e deve ser emitida de forma gratuita por estados e municípios.
