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Janeiro Branco: A Importância De Falarmos Sobre  Saúde Mental

Janeiro Branco: a importância de falarmos sobre saúde mental

A depressão e os transtornos de saúde mental são um dos piores males do século XXI. E nos últimos anos tiveram um aumento ainda mais expressivo. Um relatório de 2017 da Organização Mundial da Saúde (OMS) apontava o Brasil como o país com a maior prevalência de transtornos de ansiedade nas Américas. O problema afetava 9,3% da população, o equivalente a 18,6 milhões de pessoas. Transtornos depressivos foram relatados por 5,8% dos brasileiros, ou seja cerca de 11,5 milhões de pessoas. Conclusão, não tem sido fácil para ninguém viver de forma plena, com a saúde mental em dia, diante de uma realidade estressante seja por questões sociais, afetivas, ou, até mesmo econômicas.

Por isso é tão importante falarmos sobre o assunto. O primeiro mês do ano é marcado pela campanha “Janeiro Branco”, que tem como principal foco discutir a saúde mental. O mês foi escolhido porque simbolicamente, e culturalmente, as pessoas estão mais propensas a pensarem em suas vidas, nas emoções no início de um novo ciclo. A campanha foi idealizada pelo psicólogo Leonardo Abraão com esse objetivo: chamar a atenção da humanidade para as questões e necessidades relacionadas à saúde mental e emocional das pessoas e das instituições humanas. Além disso, incentiva o debate sobre o tema em todos os espaços.

Adriana Silva, psicóloga parceira da Caarj, enfatizou a importância deste momento de descoberta do nosso interior. E destacou os benefícios que isso traz:

“Algo extremamente importante é o autoconhecimento. E eu acredito que as pessoas sempre devam perguntar sobre si mesmas. Ter esse autoconhecimento é o que traz, muitas das vezes, mais segurança e maior inteligência emocional nas decisões pessoais. E isso faz com que a pessoa leve uma vida mais tranquila em busca do equilíbrio”, explicou a psicóloga.

O “Janeiro Branco” também busca conscientizar a humanidade, assim como as autoridades governamentais e legislativas do mundo, a respeito da importância de estratégias e de políticas públicas voltadas para a promoção da saúde mental nas sociedades, nas vidas dos indivíduos e nas instituições sociais.

A saúde mental está relacionada à qualidade da interação individual e coletiva. Não adianta um corpo sã se a mente não o acompanha. O importante é a busca por alternativas que possibilitem a harmonia nessas relações. A psicóloga ressalta que procurar auxílio de um profissional é um ato de coragem e assim deve ser encarado:

“Nós somos um ser biopsicosocial e espiritual. Se a nossa saúde biológica não vai bem, precisamos cuidar dela. E se não for nada relacionado a parte biológica, pode ser na parte emocional e aí devemos procurar a ajuda de um psicólogo. Psicoterapia não é coisa para maluco, como muitos dizem. Psicoterapia é para quem é forte e busca resolver seus próprios problemas. Psicólogo é ciência, é cuidar da sua qualidade de vida”, concluiu Adriana.

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Por: Matheus Fernando, estagiário com a supervisão de Ludmila Fróes

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