Dia Mundial de Combate ao Sedentarismo
O dia 10 de março foi eleito pela Organização Mundial da Saúde – OMS, como o Dia Mundial de Combate ao Sedentarismo. O intuito desta data é frisar a importância de manter uma vida e alimentação saudáveis, além de zelar pela saúde física e mental.
A condição é caracterizada pela falta de atividades físicas regulares em qualquer faixa etária, além da indisposição de práticas simples do dia a dia, o que faz a pessoa permanecer sentada ou deitada por horas.
No entanto, engana-se quem acredita que o sedentarismo é válido apenas para as pessoas que não praticam nenhum exercício físico. Classifica-se também pela falta de regularidade dos exercícios, não atendendo as necessidades do organismo e atingindo diferentes níveis, conforme o grau de inatividade.
De acordo com a OMS, a América Latina é uma das regiões de maior índice de pessoas sedentárias. No Brasil, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE, a situação é alarmante, pois o país ocupa a quinta posição do ranking mundial, com aproximadamente 47% da população adulta e 84% de jovens, entre 11 e 17 anos, sedentários.
A ausência de estímulo ao corpo afeta diretamente a saúde e o bem-estar a longo prazo, já que aumenta o risco de doenças cardiovasculares, diabetes, obesidade e atrofia muscular.
O sedentarismo infantil se torna ainda mais perigoso, já que algumas crianças não são incentivadas desde cedo. Segundo dados da pesquisa do Ministério da Saúde, realizada pelo Estudo Nacional de Alimentação e Nutrição Infantil – Enani, em 2019, uma a cada dez crianças de até cinco anos de idade no Brasil, está obesa.
Do ponto de vista da saúde pública, os números são preocupantes ao apontar como gerações futuras serão afetadas por doenças crônicas e relacionadas à pressão arterial.
O professor de educação física Carlos Henrique Ribeiro, considera que o papel dos pais é informar e estimular a criança, para que ela seja um adulto saudável amanhã.
“Para um adulto, a obesidade pode significar uma opção de vida – as pessoas têm o direito de viverem como quiserem. Mas, para as crianças, não é bem assim”, comenta.
Ele ainda ressalta que, se for possível, os pais devem colocar os filhos para se exercitarem cotidianamente.
“Elas dependem dos adultos para lhes ensinarem hábitos e rotinas, até que possam escolher por conta própria qual estilo de vida querem ter”.
Segundo estudos da Universidade Federal de São Paulo – Unifesp, a pandemia impactou negativamente a rotina de atividades físicas em crianças após o fechamento das escolas. Os hábitos sofreram mudanças repentinas, o que faz a prática de exercícios se tornar praticamente nula.
Para incentivar o exercício infantil, o ideal é procurar algo que seja do gosto da criança e adequado para sua idade.
Exemplos de atividades:
- Dança, amarelinha e pique esconde;
- Divisão de tarefas domésticas conforme a capacidade da criança – o que ajuda a manter o corpo ativo; cria senso de participação e aumenta o vínculo familiar;
- Limitar o tempo de tela e incentivar atividades ao ar livre – andar de bicicleta, patins e pular corda.
A Caarj relembra que a frequência na prática de exercícios físicos é importante para o bom funcionamento do corpo e da mente.
Contamos com uma área destinada à saúde, onde temos serviços relacionados à ação preventiva e de tratamento de doenças, incluindo as provocadas pelo sedentarismo.
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